Relato de uma viajante no território da informação

17/01/2011 09:49

Maria Amélia Teixeira da Silva*

  

É certo que 2010 foi um ano de muitas conquistas em minha vida. Espero que 2011 também o seja. A primeira dessas conquistas se deu com a colação de grau do curso de bacharelado em Biblioteconomia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), no mês de fevereiro de 2010; a segunda, com o início das aulas no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UFPB, em março do mesmo ano.

A inserção no mestrado foi, sem dúvida, uma das maiores conquistas da minha vida, embora eu reconheça que sair da graduação e entrar direto na pós-graduação foi algo verdadeiramente impactante. A carga de leitura foi muito mais intensa, as pesquisas e as reflexões, então!, são bem diferentes daquelas da graduação. Na verdade, posso afirmar que me deparei com um universo novo, um ambiente totalmente diferente, no qual fiz novas amizades, conheci pessoas vindas de diferentes regiões do país, com costumes e crenças distintas das minhas mas que, sem dúvida, me fizeram aprender muito.

E assim, naveguei pelo território da Ciência da Informação. O difícil era entender o que, afinal, era informação e, mais, o que era informação para a Ciência da Informação. Nesse momento, entendi claramente que Ciência da Informação e Biblioteconomia são campos distintos, e que eu precisava começar a me adaptar a esse novo espaço. Nesse momento a ficha caiu: eu não era mais bacharel em Biblioteconomia, mas mestranda em Ciência da Informação, e precisava saber em que consiste a Ciência da Informação.

Muitas descobertas foram feitas no primeiro semestre do mestrado: a cada leitura uma informação diferente, um conhecimento novo, um detalhe que fazia toda a diferença. A disciplina Fundamentos Teóricos da Ciência da Informação ministrada pelo professor Dr. Gustavo Henrique de Araújo Freire, por exemplo, foi fundamental para me apresentar a Ciência da Informação e me fazer despertar com muito entusiasmo para essa área tão rica. Interessante foi participar das discussões em sala de aula: afinal, o que é informação? Pergunta difícil de ser respondida de forma efetiva, já que durante uma leitura feita na disciplina descobri que Schrader encontrou aproximadamente 700 definições do termo dentro da Ciência da Informação, no período de apenas 81 anos.

Diante disso, passei a refletir sobre o que seria informação pra mim. Mais ainda, o que seria informação para a minha pesquisa. E assim, fui navegando mais uma vez no território da informação.

Numa turma com grande diversidade de formação acadêmica ― bibliotecários, contabilistas, historiadores, pedagogos, educadores artísticos, advogados, jornalistas ―, foi confuso e até estranho, a princípio, para alguns, perceber a informação na perspectiva da Ciência da Informação. Mas acho que todos conseguimos.

Naveguei também pelo território da disciplina Informação, Conhecimento e Sociedade, ministrada pelo professor Dr. Carlos Xavier de Azevedo Netto, onde comecei a vislumbrar a informação como algo extremamente amplo, ao mesmo tempo material e imaterial. Depois de uma série de reflexões promovidas na disciplina, passei a perceber a  informação representada em signos, símbolos, objetos, desenhos ― e fiquei profundamente encantada.

Outras disciplinas foram cursadas, cada uma com sua contribuição especial. Em cada uma delas muito aprendi, e produzi também Minha expectativa é de que em 2011 eu possa concluir o mestrado, e assim como saí direto da graduação para o mestrado venha a sair do mestrado para o doutorado, almejando conseguir minha tão sonhada docência.

 

* Bolsista CAPES
Bacharel em Biblioteconomia/UFPB
Mestranda em Ciência da Informação/PPGCI/UFPB
Lattes: https://lattes.cnpq.br/3337984054893608

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